Terminou ontem a IV sessão ordinária do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que teve lugar durante três dias na cidade da Matola, arredores de Maputo, e onde o recém-eleito presidente Daniel Chapo pediu “uma reflexão profunda sobre os desafios que se colocam à Frelimo na atualidade”.
Na abertura dos trabalhos, Daniel Chapo considerou que as últimas eleições, realizadas a 9 de outubro, “foram disputadas numa conjuntura marcada por fortes pressões internas e externas, visando a todo o custo afastar a Frelimo do poder, no quadro de uma estratégia global de acabar com os antigos movimentos de libertação nacional em toda a região da África austral”.
Com fortes críticas ao seu opositor nas eleições, Venâncio Mondlane, e a todos os distúrbios provocados no país com a sua recusa em aceitar a derrota, que causaram cerca de 360 vítimas mortais, o líder da Frelimo e Presidente de Moçambique, apelou a uma análise “franca e desapaixonada” sobre as verdadeiras causas de tudo o que teve lugar no país.
“Só essa análise nos pode conduzir a um caminho de restabelecimento da estabilidade política efetiva e duradoura”, afirmando ainda que é necessária “uma introspeção dentro do partido” para identificar e corrigir “eventuais desvios e falhas”.