O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, e os principais partidos políticos de Moçambique assinaram a 5 de março um acordo referente aos termos para as reformas estatais, no âmbito do diálogo político para o fim da crise pós-eleitoral no país. O acordo foi estabelecido pelos partidos com assento parlamentar: Frelimo, Podemos, Renamo e MDM. Assinaram ainda os extraparlamentares Nova Democracia (ND), Parena), Pareso), Pahumo e a RD.
Embora o chefe de Estado moçambicano tenha por diversas vezes prometido “alargar a mesa do diálogo” para “vários segmentos da sociedade”, uma das principais críticas levantadas por académicos e analistas continua a ser a ausência de Venâncio Mondlane, o segundo candidato presidencial mais votado nas eleições de 9 de outubro último, de acordo com o Conselho Constitucional, e que lidera a pior contestação aos resultados que o país conheceu desde as primeiras eleições, em 1994.
Albino Forquilha, líder do Podemos, o agora maior partido da oposição, defendeu, após a assinatura, que o acordo visa colocar fim às constantes instabilidades pós-eleitorais no país, face à incapacidade das instituições estatais de estabelecerem a justiça eleitoral, e afirmar um Estado de direito democrático.